quarta-feira, 2 de junho de 2010

Adrenalina em Santo Antônio de Lisboa


Ontem acordei cansado e foi assim o dia todo. Tal era o cansaço que às 18h fui dormir! Acordei às 19h15min, comi uma banana, fiz um alongamento, coloquei a roupa da bike e fui encarar o pedal. Antes de sair de casa senti a necessidade de um estímulo a mais. Enchi uma colher de sopa de guaraná em pó e pô, fiquei legalzão!

Quando cheguei na Ciclo Vil, encontrei uma galera bastante animada (acho que tomaram mais guaraná em pó do que eu!). Cumprimentos daqui e dali e partimos. Desde o início deu pra ver que a galera tava a fim de pegar pesado, sangue no zóio, faca nos dentes, cubo azulado! Só tinha papa-léguas! Espera por mim, Cássio!

Com os resgates feitos pelo caminho, juntaram-se mais de trinta cabeças. Não dá nada, vamos nessa! Depois da Beira-mar, entramos no João Paulo. Ali, Izoel caiu clipado. Tudo bem, aí? Pode tocar, não dá nada! Despencamos da morreba do Maria do Mar, um mergulho veloz! Com o guaraná soltando toda a cafeína dentro de mim, uma alegria circular embalava minhas pernas. Sai da frente, esquerda, direita, “meinho”, vem na roda! Espera por mim, Cássio!

Claudinha tem o pneu furado na entrada da SC 401, mas a galera não viu e tocou até a entrada de Cacupé. Rinaldo e Petry fizeram o pit stop, não dá nada, toca, toca, que a teobromina tá batendo! Sobe morro, desce morro, faz a curva, desce marcha, vem na roda, rapaziada! O pedal tá eletrizante e a mulherada vem turbinada! A mais lerdinha, voa! Só tem formiga atômica, Petry! Mas o que é isso, já estamos no posto de Santo Antônio?! Isso mesmo, uma parada breve para hidratar. Alguém compra uma água pra mim?! Não dá nada! Tô nervoso, tô querendo andar forte lá na frente!

Na volta, a estada é a SC 401. João na frente com seu colete que não reflete nada! Simara junto, Karol cercando, Aline pressionando, Claudinha me passando, Fernanda puxando, Tereza atropelando, espera por mim, Cássio! Reagrupamos no Cemitério da Paz. Agora é só subir e descer as morrebas de João Paulo, não dá nada, adrenalina e dopamina no sangue! Vamo que vamo!

A ciclovia da Beira-mar é pequena demais para a caveirada! Mestre Rinaldo e Petry quase não têm trabalho, porque a galera anda em bloco, pisa forte, tá ligada, afiada, abusada! Ponte? Pra que ponte, meu camarada?! É só apertar que a galera vai pela água mesmo, lancha de corrida, entende?! Opa! O que faz aquele gomo de bergamota no chão? É o mano Alexandre que levou um escorregão na saída da ponte e caiu clipado! Dois tapinhas no joelho pra tirar a poeira e não dá nada, tá todo mundo doidão!

Karol e Simara despencam do morro da Dígitros com os Papa-léguas atrás! Como assim, acabou o pedal? É, meu nego, três horas e meia de pedal e a galera querendo mais! Não dá nada, amanhã tem 100 km com a turma de Joaçaba! Alguém quer uma colherada do meu guaraná em pó?

Prof. Charles.

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